O poder de salvar vidas

18-05-2009 15:07

A doação de medula óssea pode ser a única chance de recuperação para pacientes que sofrem com a leucemia, mas, principalmente pela falta de informações, muitos deixam de contribuir por meio deste gesto capaz de salvar vidas.

 

A medula óssea, conhecida popularmente como tutano do osso, é a parte do corpo onde o sangue é produzido. No interior dos ossos encontram-se as células mãe do sangue, que darão origem aos glóbulos vermelhos e brancos, além das plaquetas.

 

O transplante de medula é indicado principalmente para o tratamento de doenças que comprometem o funcionamento da medula óssea, como doenças onco-hematológicas (Leucemias, linfomas, mieloma múltiplo), doenças hematológicas (aplasia medular, anemia de Fanconi, anemia falciforme) e imunedeficiências (congênitas primárias ou secundárias).

 

É claro que a indicação do transplante depende da doença e da fase em que o paciente se encontra. Em diversos casos não é possível o controle por meio da quimioterapia e radioterapia convencional, e a realização do transplante é o melhor recurso em busca da cura.

 

Primeiramente é procurado um doador na família. Entre irmãos, filhos do mesmo pai e da mesma mãe, as chances de encontrar o doador é de 25%. O grande problema é que, segundo dados da Associação de Medula Óssea (Ameo), aproximadamente 60% dos pacientes não encontram um doador compatível na família e necessitam buscar um voluntário compatível cadastrado no Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (REDOME). Atualmente, a chance de encontrar uma medula compatível no registro brasileiro é de 1: 100.000.

 

A compatibilidade entre pacientes e doadores é mais difícil devido à necessidade de ser 100%. É realizado um teste de histocompatibilidade, capaz de identificar as características genéticas de cada indivíduo. Essas características estão ligadas à resposta imunológica do organismo contra agentes estranhos, ou seja, é responsável pelo reconhecimento das substâncias próprias do organismo e fundamental no processo de rejeição em transplantes.

 

Para ser um voluntário cadastrado é simples e fácil, veja:

- Você deve ter entre 18 e 55 anos e gozar de boa saúde

- Procurar o hemocentro ou hemonúcleo autorizado de sua cidade

- Preencher um formulário com seus dados pessoais

- É coletada uma amostra de 5ml de sangue para os testes de compatibilidade (tipagem HLA)

- Seus dados e tipagem HLA serão cadastrados no REDOME

- Caso haja um paciente compatível, você será convidado a realizar novos testes para a confirmação da compatibilidade

- Confirmada a compatibilidade, você será consultado para decidir a doação

 

Por Isabela Momenté

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