
Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea
Após perder filho para a leucemia, deputado consegue instituir semana para conscientização de doadores
A perda, muitas vezes, chega à vida das pessoas como motivação para mudanças. Quando um ente querido se vai, ganhamos dias ruins. No entanto, mesmo com a tristeza que nos envolve, vemos históricos de superação da dor baseadas em ações que ajudam a salvar outras vidas. Este foi o caso do deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), que após a batalha do filho Pietro, de 19 anos, contra a leucemia, instituiu no país a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea.
O Projeto de Lei da Câmara (PCL 07/2009), sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 23 de abril, determina que as atuações aconteçam todos os anos entre os dias 14 e 21 de dezembro. Durante este tempo, serão desenvolvidas atividades de esclarecimento e incentivo à doação de medula óssea e à captação de doadores. As atividades e campanhas publicitárias devem envolver órgãos públicos e entidades privadas, para informar e orientar sobre a importância da doação para salvar vidas. Serão divulgados também os procedimentos legais para as pessoas se cadastrarem no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
O transplante só é solução se é encontrado um doador cedo. Pietro demorou 10 meses para o primeiro transplante e um ano para o segundo, quando já estava muito debilitado. Faltaram pessoas cadastradas como doadoras no Redome. A doação de medula significa hoje, mais que tudo, uma possibilidade de sobrevivência, uma oportunidade de pessoas doentes recuperarem a saúde. Beto Albuquerque disse que se seu filho tivesse conseguido um doador compatível através do registro, logo que a doença foi detectada, ele teria ampliado suas chances de sobreviver.
“É muito importante que o povo brasileiro mostre toda sua solidariedade também nessa causa. É essencial que a população seja informada sobre como se cadastrar no banco, pois assim elas se sentem instigadas a participar. Se cada estado aumentar seu número de doadores, poderemos ajudar muitos pacientes estão em fase inicial da doença. Perdi um filho, mas fiz dele uma lei que permite que várias outras vidas sejam salvas. Não vamos perder mais essa batalha”, desabafou.
Por Evinny Araújo